Vendas de Zolpidem têm salto durante a pandemia e continuam altas em 2022

Paciente com receita comprando Zolpidem

O desenvolvimento das versões sublinguais seria uma das razões pelas quais o medicamento se popularizou no país

As vendas do Zolpidem, remédio para dormir que pode causar dependência psíquica, mostraram crescimento acelerado nos últimos anos, chamando a atenção de especialistas da área de saúde e causando preocupação entre os médicos. De acordo com dados veiculados pelo portal R7, o número de exemplares vendidos aumentou 676% entre 2012 e 2021.

Pico de vendas do Zolpidem foi observado durante a pandemia

Em um levantamento realizado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), foi constatado um pico de vendas do Zolpidem em 2020, o primeiro ano da pandemia, quando mais de 23 milhões de caixas foram comercializadas.

E as vendas seguem altas de lá para cá. Em 2022, durante o primeiro semestre, 10,6 milhões de caixas do medicamento foram vendidas, correspondendo a 55,6% de todos os exemplares comercializados no ano de 2021 inteiro. Ademais, a média de caixas vendidas por mês em 2020 foi de 1,84 milhão, enquanto em 2021 foi de 1,58 milhão. Entre janeiro e junho de 2022, chegou a 1,76 milhão, sendo o segundo maior registro já feito.

Sobre o Zolpidem

Sendo um remédio da classe dos hipnóticos, o Zolpidem começou a ser comercializado no Brasil em 2007, mas ganhou visibilidade, de fato, pelo público em 2011, quando 1,7 milhão de caixas foram vendidas. Já em 2012, houve o primeiro salto, com aumento de 41,7% no número de caixas saídas das farmácias, chegando a 2,4 milhões de unidades. Entre 2016 e 2017, a situação começou a se tornar alarmante, com 10,5 milhões de caixas comercializadas.

O Zolpidem faz parte de uma categoria de medicamentos que podem causar dependência de algum tipo, vindo em embalagens com tarja preta. Outros similares são: diazepam (Valium), alprazolam (Frontal) e clonazepam (Rivotril). Tais remédios causam sonolência suficiente para fazer o paciente dormir, mas tendem a perder efeito com o passar do tempo, levando o usuário a aumentar a dose.

Composições naturais podem ser alternativas ao Zolpidem

Hoje há medicamentos, desenvolvidos principalmente por farmácia de manipulação, que possuem como base componentes naturais, como o Herbatonin, substância vegetal análoga à melatonina que auxilia no alcance do sono pelo paciente. A melatonina, hormônio responsável pelo sono, pode ser extraída de fontes vegetais e oferecer um tratamento excelente contra insônia.

É possível realizar a suplementação com melatonina vegetal, ou Herbatonin, como uma alternativa ao Zolpidem, para que o paciente não precise consumir um medicamento, que pode trazer efeitos colaterais indesejados em médio e longo prazo, além de sonolência durante o dia em curto prazo. Em todo caso, a correta prescrição da melatonina é feita por um médico após identificar qual dose é necessária para ajudar o paciente no momento.

A vantagem da melatonina vegetal (Herbatonin) em relação ao Zolpidem é ser totalmente natural, sendo derivada de três espécies de plantas: Oryzasativa jarrah, Medicago sativa e Chlorella vulgaris beyerinck.

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