Quer sair das dívidas? Uma mentoria pode ser o caminho
Já pensou em contar com a ajuda de uma mentoria financeira para se livrar das dívidas?
A situação de milhões de brasileiros sempre esteve muito difícil. Contudo, a pandemia tem contribuído com o aumento desordenado nos índices de inadimplência.
Tão logo surgem as dívidas, ou mesmo antes delas existirem, quando se percebe a incapacidade de honrar compromissos assumidos, é fundamental saber o que fazer.
Ao não tomar uma atitude, essas dívidas tendem a crescer como uma bola de neve. Isso torna o pagamento cada vez mais difícil ao longo do tempo.
Nesse caso, a melhor opção é buscar aconselhamento por meio de uma mentoria profissional.
Essa mentoria pode nortear a tomada de decisão, apontando o que deve ser feito a curto, médio e longo prazo. Além disso, uma mentoria especializada sabe definir as prioridades, avaliar o contexto e a dimensão das dívidas vencidas e a vencer.
Por tudo isso, a escolha do profissional que vai realizar a mentoria é fundamental para não cair nas mãos erradas e ser alvo de filosofias inúteis.
A mentoria para inadimplência
O devedor precisa de três pilares para reorganizar sua situação financeira:
Tempo
O tempo é essencial para avaliar as consequências das medidas de cobranças estabelecidas pelos credores.
Redução das dívidas
A redução das dívidas passa por estratégias que minimizam os excessos dos juros acumulados. Esses juros, em muitas situações, podem torná-las simplesmente impagáveis.
Prazo para pagamento
O prazo de pagamento é fundamental para adequar as parcelas a valores que sejam compatíveis com a nova realidade financeira do devedor, a fim de conseguir a quitação das dívidas junto aos credores.
Um programa de recuperação financeira, portanto, deve:
- Estabelecer metas de curto, médio e longo prazo;
- Avaliar a dimensão dos problemas existentes;
- Levar em consideração os três pilares da saúde financeira: tempo, redução das dívidas e prazo para pagamento.
As consequências da inadimplência
Existem diversas reações que abalam profundamente as pessoas que estão passando por dificuldades financeiras, e a principal delas é a queda da autoestima.
Quem está nessa situação começa a perder a capacidade de acreditar em si próprio. Isso significa não saber lidar não apenas com as próprias finanças, mas levar esse sentimento de derrota e fragilidade para outros aspectos da vida. É por isso que esse é um ponto que merece total prioridade.
Tal prioridade é, sem dúvida nenhuma, uma das principais missões da mentoria: restabelecer a autoestima das pessoas como fator de fortalecimento para recuperação de todo o processo da inadimplência.
O estado psicológico de quem está com dívidas leva rapidamente à fragilidade e à desmotivação generalizada. Isso torna as pessoas impotentes para encarar os desafios da recuperação financeira.
A inadimplência e a saúde pública
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o cidadão, para ser considerado saudável, precisa estar bem fisicamente, psicologicamente, mentalmente, socialmente e espiritualmente.
Estar com muitas dívidas, no vermelho e em total desequilíbrio orçamentário afeta todas as dimensões da pessoa. É por isso que podemos dizer que situações de inadimplência comprometem o bem-estar integral do ser humano, tornando-se uma questão de saúde pública.
Quem está com o orçamento destruído, criando dívidas para pagar dívidas, sem conseguir encontrar uma saída em meio ao total desequilíbrio das contas não sabe o que fazer. Dia após dia, essa pessoa vai ficando cada vez mais abalada, com o seu equilíbrio psicológico comprometido.
Isso faz com que a tomada de decisões seja mais difícil. Esse estado mental não permite enxergar as situações com a clareza necessária para conseguir sair das dificuldades.
O estado de espírito abalado por pensamentos negativos sobre si próprio e sobre a situação enfrentada traz uma indisposição tanto física quanto moral.
A mentoria como fator fundamental
É preciso deixar claro que essa realidade se aplica a todos os níveis sociais e de escolaridade da população.
As pessoas, em sua maioria, dividem-se em dois estágios:
- Aquelas que estão com muitas dívidas;
- Aquelas que estão a caminho da inadimplência.
Se unirmos essa realidade à fragilidade psicológica, teremos o total desconhecimento de onde começam e terminam os direitos e deveres em situações dessa natureza.
Enquanto isso, os bancos e as assessorias de cobranças estão constantemente treinando seus funcionários para tirar partido dessa fragilidade e desconhecimento da população.
Os credores sabem quando as pessoas são presas fáceis e, por isso, aproveitam-se para levar vantagens nas negociações.
O devedor, por outro lado, sente-se perdido e se deixa envolver. Nesse estado, acaba realizando novos acordos. O pior é que, ao contrário do que parece, simplesmente está piorando ainda mais a sua situação.
Uma mentoria deve levar tudo isso em consideração. Faz parte do trabalho oferecer as condições necessárias para que o cidadão consiga restabelecer seu orçamento e corrigir os erros cometidos.
Tudo isso para que a curto, médio e longo prazo a pessoa volte a viver de forma decente, sem dívidas.
O grande problema da falta de educação financeira é a completa falta de consciência da população.
O pior é que, na maioria dos casos, as pessoas só buscam orientação financeira e pedem ajuda quando já estão em estado crítico.
Ou seja, depois que suas dívidas se acumularam ao extremo. Infelizmente, poucos possuem a prática de prevenção como hábito ao cuidarem de suas finanças.
Falta educação financeira para a população
Antes de mais nada, no processo de educação formal da população brasileira, não existem, em nenhum estágio, disciplinas que abordem educação financeira. Assim, todos acabam sendo leigos no assunto.
Esse é um dos motivos pelos quais as pessoas são tão vulneráveis e manipuláveis ao estabelecerem relações de consumo.
Nesse momento, milhões de consumidores estão realizando empréstimos, comprando veículos financiados, fazendo financiamentos de imóveis… enfim, utilizando o crédito em variadas formas. Essas mesmas pessoas, antes de fechar contrato:
- Não conferem as taxas de juros das operações de crédito;
- Não percebem a existência de vendas casadas, o que é proibido por lei;
- Muitas vezes, nem ficam com uma cópia dos contratos dos empréstimos que realizaram.
Elas mal sabem que, por exemplo, meio por cento de juros a menos em qualquer crédito pode representar o pagamento extra de milhares de reais.
Dinheiro este que poderia ter sido economizado caso tivessem conferido o contrato com a devida atenção. Barganhar por uma taxa de juros menor também pode valorizar o seu crédito. Tudo isso faz uma grande diferença no seu bolso no final.
Confira também: Recorrer multa por ultrapassagem | Faixa contínua | Amortização de juros