Notícias do varejo: setor tem crescimento nas vendas no Brasil e no mundo

Varejo tem crescimento nas vendas no Brasil e no mundo

Mês de março registrou evolução no mercado varejista nacional e internacional. Estados Unidos e China se destacam no cenário global

Após dois meses de queda, as vendas do comércio varejista nacional tiveram crescimento de 0,6% na comparação entre fevereiro e janeiro de 2021, aponta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os resultados colocam o setor 0,4% acima do cenário pré-pandemia e igualam os números do mês de setembro.

Para o mercado, a alta obtida no segundo mês do ano confirmou as expectativas. Segundo o consenso Refinitiv, era esperado exatamente o salto de 0,6% em relação a janeiro e queda de 3,9% no comparativo com fevereiro de 2020 (o valor real de baixa foi de 3,8%). Vale lembrar que entre os meses de maio e outubro do ano passado, o comércio apresentou forte crescimento, mas o cenário mudou drasticamente em dezembro e janeiro, quando o segmento sofreu uma retração somada de 6,3%.

Um dos fatores que contribuíram diretamente para os bons resultados ao longo de 2020 foi a disponibilização do auxílio emergencial. Com a verba viabilizada pelo governo, o poder aquisitivo médio das famílias de baixa renda chegou a aumentar 130%, possibilitando o aumento de 6,5% do varejo em relação ao período que antecedeu a pandemia da Covid-19. Por outro lado, a diminuição do valor da assistência, em dezembro, e sua extinção, no mês seguinte, levaram o segmento para baixo.

Desempenho por segmento e região

O levantamento do IBGE analisou oito atividades no período, quatro apresentaram alta em janeiro: livros, jornais, revistas e papelaria (15,4%), móveis e eletrodomésticos (9,3%), tecidos, vestuário e calçados (7,8%) e mercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,8%).

Para efeito de comparação, desses quatro setores, três sofreram quedas nas vendas em relação a fevereiro de 2020: livros, jornais, revistas e papelaria (41%), tecidos, vestuário e calçados (18,6%) e mercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (4,6%). Somente o segmento de móveis e eletrodomésticos evoluíram nessa comparação, com alta de 0,7%.

Enquanto isso, no levantamento sobre a performance em cada estado brasileiro, a pesquisa aponta que 19 dos 27 estados do país apresentaram índices positivos na comparação janeiro-fevereiro de 2021. Destaque para o Amazonas (14,2%), Rondônia (11,5%) e Piauí (8,3%). Entre as unidades federativas que tiveram maior queda, estão Acre (-12,9%), Tocantins (-4,4%) e Distrito Federal (-2,1%).

Já a análise sobre o comércio varejista ampliado mostra um crescimento de 4,1% nas vendas em todo o Brasil. Esse segmento inclui atividades como veículos, motos e peças automotivas (8,8%) e materiais de construção (2%). Por região, novamente o Amazonas (20,2%), Rondônia (9,9%) e Piauí (9,5%) tiveram os melhores resultados, enquanto Acre (-5,3%), Tocantins (-2,1%) e Amapá (-1,6%), os piores.

Notícias do varejo pelo mundo

Enquanto no Brasil a recuperação do mercado varejista ainda parece um pouco tímida, no cenário internacional dois países vêm apresentando números bastante expressivos e tiveram resultados acima do previsto em março de 2021: os Estados Unidos e a China.

Estados Unidos

Com alta de 9,8% nas vendas na comparação fevereiro-março de 2021, os norte-americanos faturaram US$ 619,1 bilhões no terceiro mês do ano, segundo dados do Departamento do Comércio local. A expectativa inicial de analistas previa um crescimento de apenas 6,1%. Ainda que excluído dessa conta o setor automotivo, a expansão varejista nos EUA chegou a 8,4% na comparação mensal. Importante lembrar que em fevereiro o país havia sofrido queda de 2,7%.

Assim como no Brasil, a melhora do mercado norte-americano passa pelo auxílio financeiro do governo. Em março mesmo, o presidente Joe Biden liberou um pacote de US$ 1,9 trilhão para pagamento de assistência emergencial, auxílio-desemprego semanal e ajuda a estados endividados. Outro ponto crucial para a evolução dos Estados Unidos foi a ampla campanha de vacinação, que culminou numa maior flexibilização de reabertura do comércio em todo o seu território.

China

Por sua vez, o país asiático apresentou alta de 34,2% nas vendas do varejo na comparação entre os meses de março de 2020 e 2021, de acordo com o Escritório Nacional de Estatística local (NBS, na sigla em inglês). A previsão era de um salto de 28%. Já no primeiro bimestre deste ano, o varejo chinês havia apresentado alta de 33,8% em relação ao mesmo período de 12 meses antes. No comparativo fevereiro-março de 2021, a evolução foi de 1,75%.

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