Em junho, a confiança da indústria tem o melhor nível desde 2021

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O Índice de Situação Atual (ISA) mostrou crescimento de 1,9 ponto em junho

Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), a partir do portal Móveis de Valor, a confiança da indústria brasileira avançou no mês de junho pelo terceiro mês consecutivo, alcançando o melhor nível desde o final do ano passado. As informações apontam que o Índice de Confiança da Indústria (ICI) cresceu 1,5 ponto ante o mês anterior, alcançando 101,2 pontos – o resultado mais proeminente desde novembro do ano passado (102,1 pontos).

O Índice de Situação Atual (ISA), que calcula o sentimento do empresariado a respeito do momento atual da indústria, obteve crescimento de 1,9 ponto em junho, chegando a 102,3 pontos. “Observa-se aumento da satisfação em relação à situação presente dos negócios e avaliações muito positivas quanto à demanda externa, com destaque para o bom momento dos segmentos de consumo não durável e intermediários”, disse o economista do FGV IBRE, por meio de nota. 

O Índice de Expectativas (IE), por sua vez, indicador da percepção a respeito dos meses que seguem, foi de 1,2 ponto para 100,2 pontos, mesmo que ainda exista cautela sobre o futuro. “Na ótica das expectativas, as previsões são otimistas no horizonte de três meses, mas ainda cautelosas no de seis, uma diferença possivelmente decorrente da preocupação com a escalada inflacionária e dos juros internos, além do previsível aumento da incerteza durante o período eleitoral”, apontou o economista.

A indústria do Brasil mostrou ganhos em abril, pelo terceiro mês seguido, de 0,1%, de acordo com informação mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrando alguma melhora, ainda que insuficiente para superar as perdas dos últimos tempos. 

Indústria moveleira tem leve recuperação nos dois primeiros meses do ano

Ainda sobre a realidade industrial, a indústria moveleira e de colchões, que inclui a produção de uma cômoda infantil, por exemplo, segundo dados, é da “Conjuntura de Móveis”, relatório mensal produzido pelo Inteligência de Mercado (IEMI), com exclusividade para a Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel), a partir do Portal eMóbile, apresentou crescimento de 2,7% em fevereiro em relação à janeiro deste ano, reduzindo o recuo acumulado no começo de 2022 ante 2021. O volume produzido nos primeiros dois meses de 2022 ficou 30,7% abaixo do montante de peças produzidas no mesmo período do ano passado, momento em que a indústria moveleira estava com uma demanda mais aquecida por conta do isolamento social.

O desempenho acumulado nos últimos 12 meses está mais estável, com redução de 8,9%. Sobre o faturamento, a receita da indústria de móveis chegou a R$ 5,1 bilhões no segundo mês do ano, crescimento de 1,9% em comparação com o mês anterior. No acumulado do primeiro bimestre, a queda em valores nominais foi menos forte do que no volume produtivo, com recuo total de 20,5%.

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