Como criar um e-commerce? Um guia rápido e fácil

guia como criar um e-commerce

Segundo o índice MCC-ENET, o e-commerce brasileiro cresceu 73,88% em 2020. Por conta disso, é uma tendência abrir sites para venda de produtos ou transpor lojas físicas para o mundo virtual – mas você sabe como abrir um e-commerce? 

Muitas pessoas acham que esse processo se resume a criar um site e apresentar os produtos nele. Contudo, é necessário definir a plataforma, meios de pagamento, protocolos de segurança e conhecer as leis que regulamentam o mercado de e-commerce.

Portanto, confira o passo a passo a seguir e saiba tudo sobre como criar um e-commerce!

Guia para criação de e-commerce

Segmento e produtos para seu e-commerce

O primeiro passo para abrir um e-commerce é definir o segmento e, na sequência, os produtos que serão comercializados no seu site. Grandes e-commerces atuam com distintos segmentos; no entanto, como você está começando, é importante optar por um e focar nele.

Ao delimitar o segmento de atuação, você pode realizar uma pesquisa de mercado e conhecer mais sobre a sua concorrência, preços praticados e público-alvo. É importante identificar os pontos fortes e fracos da concorrência, a fim de se manter competitivo no mercado ao adotar aquilo que dá certo e explorar as fraquezas da concorrência para atrair clientes.

Após determinar seu segmento de atuação, é preciso selecionar o tipo de produto que você vai comercializar: de alto valor agregado ou de baixo valor agregado. A definição do produto ocorre depois que você identifica seu segmento e público-alvo, pois assim é possível conhecer melhor o perfil do seu consumidor e saber por qual tipo de produto optar.

Pode-se também comercializar tanto produtos de baixo quanto alto valor agregado. Assim, você aumenta o poder de compra dos consumidores de baixa renda (o que garante uma maior demanda pelos produtos), mas também consegue atrair um público com maior poder aquisitivo e que está disposto a pagar a mais por um produto diferenciado.

Plataforma correta

O segundo passo para criar um e-commerce é selecionar a plataforma correta. Entende-se por plataforma correta aquela que possui um design atrativo para o público-alvo, é intuitiva, dispõe de carregamento ágil, possui um layout compatível com dispositivos mobile e oferece segurança para os usuários.

Há três tipos de plataforma: as gratuitas, as de código fonte aberto e as pagas. As gratuitas possibilitam que você reduza custos e é ideal para quem não possui muito conhecimento sobre como criar sites ou não deseja contratar um especialista. Em contrapartida, elas são muito limitadas e não possibilitam que você possa personalizar sua página de acordo com a proposta da marca. 

As de código fonte aberto também são gratuitas, mas demandam conhecimento especializado. Portanto, é necessário que você disponha desse know-how ou esteja disposto a pagar um profissional, tendo em vista que o distribuidor não oferece suporte de apoio.

Por último, as plataformas pagas permitem que você possa customizar o site, oferecem suporte de qualidade, dentre outros diferenciais. No entanto, cobram uma porcentagem da sua receita por esses serviços.

A nossa sugestão é que seu maior investimento seja na plataforma, uma vez que ela é o cartão de visita da sua loja e a experiência do usuário ao navegar pela sua página impacta profundamente as vendas.

Para encontrar a plataforma que oferece o melhor custo-benefício, realize uma ampla pesquisa e identifique as características de cada uma e seus preços, a fim de compará-los.

Métodos de pagamento

O próximo passo para abrir um e-commerce é definir os métodos de pagamento oferecidos pelo seu empreendimento. Ao conhecer o poder aquisitivo do seu público-alvo, você sabe por quais métodos de pagamento optar. 

Por exemplo: consumidores com alto poder de compra podem preferir pagar com o cartão de débito ou até parcelar um alto valor no cartão de crédito, uma vez que possuem um limite alto para isso.

Já os consumidores de baixo poder aquisitivo podem preferir tanto o cartão de crédito para parcelar compras como o boleto bancário, visto que essa última opção não compromete o limite do cartão de crédito do cliente.

Além de selecionar os métodos de pagamento aceitos pelo seu e-commerce, é preciso definir por qual intermediador de pagamento você vai optar. Os mais utilizados são: Paypal, Mercado Pago e PagSeguro.

Segurança

Segundo a pesquisa Fraude e Identidade, realizada pela Serasa Experian, oito em cada dez brasileiros consideram a segurança do site como fator relevante para a efetivação de compras na internet. Sendo assim, investir nesse quesito é um passo fundamental para abrir um e-commerce, pois garante proteção aos dados pessoais dos clientes. Além disso, lembre-se de mostrar para o cliente que o seu site é seguro a partir de certificados de segurança.

Também vale destacar que é indispensável dispor de um sistema de segurança antifraude que seja capaz de identificar tentativas de compras fraudulentas. Conforme estudo conduzido pela ClearSale, apenas no primeiro trimestre de 2021, foram registradas mais de 600 mil tentativas de fraudes no e-commerce brasileiro, o que corresponde a 83,7% a mais do que no mesmo período do ano passado.

O mesmo estudo ainda aponta que se as tentativas de fraude tivessem obtido êxito, as empresas totalizariam um prejuízo aproximado de R$ 679 milhões. Além disso, com a vigência da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), esse prejuízo pode ser ainda maior, uma vez que a empresa passa a ser responsabilizada judicialmente e multada por não garantir a devida proteção aos dados pessoais dos consumidores. Portanto, considere o valor pago pelo sistema de segurança do seu e-commerce um investimento.

Os principais protocolos de segurança utilizados pelos e-commerces são o Secure Socket Layer  (SSL) e o Scan de Aplicação e IP. Ambos asseguram a confidencialidade e integridade dos dados pessoais do cliente. Contudo, enquanto o primeiro criptografa as informações fornecidas pelo usuário, o segundo realiza um escaneamento no site, a fim de identificar vulnerabilidades que podem ser exploradas por pessoas mal intencionadas.

Logística e frete

Além da plataforma, a definição do sistema de logística e o valor do frete é um passo muito importante para abrir um e-commerce. É possível contar com os Correios para realizar as entregas de produtos, pois essa é uma opção mais acessível. Porém, há um limite de tamanho e peso para carga e o prazo de entrega corre o risco de ser comprometido por conta de greves ou paralisações.

Outra alternativa é optar pelas transportadoras especializadas em logística e entrega, pois há menor chance de greve e não há limitação quanto ao tamanho e peso da carga. Contudo, o custo pode ser superior se comparado ao praticado pelos Correios. 

Caso você não saiba por qual opção escolher, é possível oferecer ambas para o cliente com seus respectivos preços e tempo de entrega, deixando claro que, ao optar pelos Correios, o prazo pode sofrer alterações.

Estratégia de Marketing

Outro aspecto essencial para criar um e-commerce é o Marketing, pois essa estratégia permite que o cliente possa conhecer mais sobre seu produto mesmo estando a distância. Portanto, invista na criação de conteúdos diversos, como posts, imagens e vídeos, apresentando seu produto para os potenciais clientes, as soluções que ele oferece, seus diferenciais, dentre outros detalhes. 

Legislação

Por fim, o último passo para abrir um e-commerce é estar atento à legislação. Uma das principais leis que devem ser respeitadas é a LGPD, citada anteriormente. Além dela, os proprietários de e-commerces devem seguir as diretrizes instituídas no Código de Defesa do Consumidor e também obedecer o Decreto n.° 7.962 de 15 de março de 2013, o qual dispõe sobre a contratação no comércio eletrônico.

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